O ecossistema aquático marinho pode ser classificado segundo critérios que envolvem a penetração da luminosidade na coluna de água e se divide em duas zonas: eufótica, região na qual a incidência luminosa consegue penetrar na coluna de água, geralmente compreendendo cerca de 200 metros de profundidade e afótica, região marinha que não recebe qualquer interferência da incidência luminosa.

Após anos de expedições subaquáticas no sul do Mar do Caribe, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional Smithsoniano de História Natural descobriu um ecossistema surpreendentemente diversificado, e único, que foi definido como uma nova área oceânica com inúmeras novas espécies: a zona rarifótica. Ele sempre esteve lá, mas essa camada do oceano é tão diferente das águas superiores e inferiores que precisava de sua própria categoria.

Cientistas definiram como rarifótica uma camada de oceano entre profundidades de 130 e 300 metros, uma zona com pouca luz ou “penumbra” em regiões de recifes mais profundos. E esta área é cheia de peixes desconhecidos: um ecossistema completamente novo descoberto. Esses peixes estão intimamente relacionados com os peixes do recife, que os pesquisadores não acreditavam que pudessem viver abaixo da zona eufótica. Isto levou à hipótese de que a nova zona pode ser um refúgio para os peixes de recife mais rasos que procuram uma pausa nas águas quentes e corais cada vez mais deteriorados devido às alterações climáticas.

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