O ano de 2018 começou com as atenções voltadas para a febre amarela. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde referentes ao período de julho de 2017 a 23 de janeiro de 2018 são alarmantes: 53 mortes confirmadas, 130 casos confirmados e 162 casos suspeitos. O primeiro relato de epidemia de uma doença semelhante à febre amarela é de um manuscrito maia de 1648 em Yucatan, México. Na Europa, a febre amarela já havia se manifestado antes dos anos 1700, mas foi em 1730, na Península Ibérica, que se deu a primeira epidemia, causando a morte de 2.200 pessoas. Nos séculos XVIII e XIX os Estados Unidos foram acometidos repetidas vezes por epidemias devastadoras, para onde a doença era levada através de navios procedentes das índias Ocidentais e do Caribe.

No Brasil, a febre amarela apareceu pela primeira vez em Pernambuco, no ano de 1685, onde permaneceu durante 10 anos. A cidade de Salvador também foi atingida, onde causou cerca de 900 mortes durante os seis anos em que ali esteve. A realização de grandes campanhas de prevenção possibilitou o controle das epidemias, mantendo um período de silêncio epidemiológico por cerca de 150 anos no País. A febre amarela é uma doença viral aguda causada por um vírus. O vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infetado. A febre amarela infeta seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosquitos. Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.

Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas. Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa, aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia, o indivíduo fica amarelado. Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.

Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d’água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Além disso existe a vacina contra a febre amarela que está disponível gratuitamente para a população, para saber sobre os locais procure um posto de saúde mais próximo a sua residência.

Assista abaixo o Dr. Drauzio Varella explicando sobre a febre amarela!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *