É cada vez mais comum encontrar animais silvestres em áreas urbanas. Tamanduás, corujas, gambás, tatus, capivaras e até jacarés têm aparecido em bairros residenciais, parques e rodovias. Mas afinal, por que isso está acontecendo?A resposta está na transformação do ambiente. O avanço das cidades sobre áreas naturais, o desmatamento e a fragmentação de habitats forçam muitos animais a buscar alimento, abrigo e água em áreas urbanizadas.

Além disso, em alguns casos, a presença de lixo e de áreas verdes dentro das cidades acaba se tornando uma “solução” temporária para eles.Mas esse encontro entre o mundo silvestre e o urbano exige cuidado. Muitos desses animais correm risco ao circular por ruas e rodovias, e podem acabar feridos ou mortos. Outros são capturados por medo ou desinformação, mesmo quando não oferecem perigo algum.O que podemos fazer?

✅ Não tente capturar ou alimentar: por mais dócil que pareça, um animal silvestre pode se assustar e reagir de forma imprevisível. Além disso, alimentá-lo pode causar dependência e problemas de saúde. Existem doenças nossas que ao ser transmitidas para eles podem causar até a morte dos animais.

✅ Entre em contato com os órgãos responsáveis: ao avistar um animal em situação de risco, o ideal é acionar o corpo de bombeiros, a polícia ambiental, secretaria de maio ambiente e etc. Em algumas regiões, também há centros de reabilitação de animais silvestres (CETAS ou CRAS).

✅ Evite deixar lixo e comida expostos: restos de comida atraem animais, o que pode aumentar os conflitos e colocar tanto os animais quanto as pessoas em risco.

✅ Educação é a chave: entender que esses animais têm um papel fundamental no equilíbrio ecológico é o primeiro passo. Muitos controlam populações de insetos ou pequenos roedores, por exemplo. Vamos ler e aprender a respeito dos nossos animais selvagens…

Conviver é possível…

A presença de animais silvestres nas cidades não precisa ser vista como um problema, mas como um sinal de que ainda há vida tentando resistir. Cuidar para que esses encontros sejam seguros, tanto para os animais quanto para as pessoas, é responsabilidade de todos nós.A convivência pacífica é possível — e necessária. Com respeito, informação e empatia, podemos transformar os espaços urbanos em lugares mais amigáveis à biodiversidade.