Como saber se a época reprodutiva das tartarugas marinhas já começou no Atol das Rocas?

rastro de tartaruga verde das rocas - 3º Diário de Bordo
Simples, ao andar na areia nos deparamos com um rastro semelhante ao de pneu de trator.
Os meses que podemos visualizá-los vão de dezembro a junho, somente nas ilhas oceânicas local onde há predominância de desova de tartaruga-verde (Chelonia mydas).

No continente esse período vai de setembro a março, porém com as demais espécies de tartarugas.

Cada tartaruga tem um tipo de rastro e o que vemos ao lado é um rastro de tartaruga-verde.

antigo alojamento atingido pelo swell - 3º Diário de BordoPorém nos últimos dias, o Atol foi atingido por um forte swell (ventos fortes seguidos de grandes ondulações) que segundo Victor Souza, “mudou bastante coisa por aqui. Muitas aves morreram, muitos ninhos     de tartarugas foram desenterrados e até a estrutura da antiga estação foi danificada”.

Mas também aconteceram notícias boas, pois alguns filhotes já começaram a nascer. Para Victor foi uma experiência emocionante e frustrante também, pois enquanto uns conseguiam chegar ao mar outros eram imediatamente predados pelos caranguejeiros, ele até confessou que queria ajudá-los, mas na reserva nada pode ser interferido, quem manda é a natureza.

Na quarta-feira foi o dia em que registramos o maior número de animal desovando, conseguimos microchipar sete tartarugas. filhotes de tartaruga verde no atol das rocas - 3º Diário de Bordo

….lembrando que em menos de 20 dias já microchipamos quase 50 animais e graças a um dos nossos patrocinadores: iGUi piscinas conseguimos adquirir mais equipamentos para continuar nosso trabalho. Fica aqui mais uma vez o nosso agradecimento!!!

caranguejo carregando filhote de tartaruga verde - 3º Diário de BordoSemana que vem a equipe será trocada e Victor voltará para o continente “…sentimentos de dever cumprido e a saudades desse lugar maravilhoso, mas sei que ainda estamos muito no início deste novo método de marcação de tartarugas marinhas aqui no Atol das Rocas. Pude perceber a eficácia dessa nova forma de marcação, pois fica muito mais fácil identificar os animais já microchipados com apenas a aproximação do leitor nos mesmos e vi a dificuldade que é conseguir ler o número das anilhas metálicas em campo.”

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