Você já deve ter escutado um canto de pássaro bastante estridente, misturando um som agudo e metálico (“Tééin”), lembrando o som de um ferreiro batendo o martelo em uma bigorna. Essa é a Araponga!!

Também chamada de Guiraponga, Uiraponga, ferreiro e ferrador. Araponga é nome indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar). Três espécies de arapongas são encontradas no Brasil: Araponga (Procnias nudicollis), Araponga-do-nordeste (Procnias averano) e Araponga-da-amazônia (Procnias alba).

  • A Araponga (Procnias nudicollis), é encontrada desde matas litorâneas da Bahia e Alagoas até o Rio Grande do Sul. O macho é todo branco, com a garganta e os lados da cabeça de coloração oliva e a fêmea é totalmente esverdeada.
  • A Araponga-do-nordeste (Procnias averano) é uma espécie que está sofrendo muito com o desmatamento e o tráfico de animais silvestres, em Roraima e no Nordeste. As asas são pretas, o peito é branco, cabeça marrom e possuem apêndices carnudos provenientes do pescoço o que deu origem a seu nome popular (Araponga-de-barbela) pois parece uma barba.
  • A Araponga-da-Amazônia (Procnias alba), habita o Amazonas na região do Rio Negro, mas muito pouco é conhecido sobre essa ave o que abre espaço para estudos populacionais mais amplos.

A araponga, a Procnias nudicollis é a mais famosa, sendo considerada a voz da mata Atlântica e infelizmente a mais perseguida pelo tráfico de animais silvestres fazendo uma redução na população da espécie.

Segundo pesquisadores, o canto dura 10 segundos e depois vem alguns cantos mais curtos, sendo que eles podem ser escutados de longe, comunicando-se com outras aves da mesma espécie de um morro para outro. O volume do canto alcança significativos 125 decibéis. Isso equivale ao som da sirene de uma ambulância em urgência.

As Arapongas, pertencentes à família Cotingidae, estão entre as mais eficientes disseminadoras de plantas frutíferas das quais se alimentam, pois o poder germinativo das sementes não é prejudicado ao passar pelo trato digestivo.

Diga não ao tráfico de animais selvagens!

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