Corredor ecológico é o nome dado à faixa de vegetação que tem por objetivo, ligar grandes fragmentos florestais ou unidades de conservação separados pela atividade humana (estradas, agricultura, clareiras abertas pela atividade madeireira etc.), possibilitando o deslocamento da fauna entre as áreas isoladas e, consequentemente, a troca genética entre as espécies e a dispersão de sementes. Assim, essas faixas de vegetação permitem que animais que seriam naturalmente isolados devido ao desmatamento possam passar de um fragmento florestal para o outro. Esse trânsito permite a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, conciliando a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento ambiental na região.
São instituídos com base em informações como estudos sobre o deslocamento de espécies, sua área de vida (área necessária para o suprimento de suas necessidades vitais e reprodutivas) e a distribuição de suas populações. A partir destas informações, são estabelecidas as regras de utilização destas áreas, com vistas a possibilitar a manutenção do fluxo de espécies entre fragmentos naturais e, com isso, a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. São, portanto, uma estratégia para amenizar os impactos das atividades humanas sob o meio ambiente e uma busca ao ordenamento da ocupação humana para a manutenção das funções ecológicas no mesmo território.
O conceito de corredores ecológicos é relativamente novo. No Brasil, essa estratégia de conservação vem sendo construída dentro do Ministério do Meio Ambiente desde 1997. Atualmente existem 6 corredores ecológicos reconhecidos no Brasil: Corredor Capivara – Confusões, Corredor Ecológico da Caatinga, Corredor Ecológico Santa Maria, Corredor Ecológico Timbó, Corredor Ecológico Chapecó e Corredor Ecológico da Quarta Colônia.