Nas aulas de física aprendemos que a água pode ser encontrada nos estados sólido, líquido ou gasoso e passamos a vida inteira pensando que isso nunca vai mudar, mas não é bem assim. Recentemente um estudo conduzido na Califórnia confirmou uma forma de água que é simultaneamente sólida e líquida. É o mais recente avanço no estudo da água, uma substância aparentemente simples que pode alternar entre muitas configurações diferentes.

Para entender melhor: a água é uma molécula simples – dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio. Os três átomos normalmente estão em forma de V. Em altas temperaturas e pressões, como no interior de planetas gigantes, acredita-se que a água existe como água iônica, na qual as moléculas se decompõem em uma sopa de hidrogênio e oxigênio. Em pressões ainda mais altas, a água iônica se condensará ainda mais em água superiônica, onde o oxigênio se cristaliza e os íons de hidrogênio flutuam livremente dentro da rede de oxigênio.

No experimento publicado em fevereiro desse ano os cientistas comprimiram a água entre dois pedaços de diamante com uma pressão de 25 mil kg-força por centímetro quadrado. Isso é cerca de 25 mil vezes maior do que o ar pressionando contra você aqui na superfície da Terra e a água é comprimida em um tipo de gelo conhecido como gelo VII, que é cerca de 60% mais denso que a água comum e sólido à temperatura ambiente. Depois disso o gelo foi atingido por um pulso de luz laser. Isso causou ondas de choque no gelo que duraram de 10 a 20 bilionésimos de segundo, aquecendo-o a milhares de graus e exercendo uma pressão de mais de um milhão de vezes a da atmosfera da Terra, até atingir o estado superiônico. Essas condições existem dentro de Urano e Netuno e, sem dúvida, dentro de numerosos gigantes de gelo ao redor de outras estrelas.

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