Hoje, dia 5 de junho, comemoramos o dia mundial do meio ambiente (https://www.iguiecologia.com/dia-do-meio-ambiente/ ).

Este ano a ONU Meio Ambiente lançou o tema #AcabeComAPoluiçãoPlástica, a data soma esforços à campanha #MaresLimpos da ONU Meio Ambiente para combater o lixo marinho e mobilizar todos os setores da sociedade global no enfrentamento deste problema. Problemática que espanta nas estatísticas pois se o lixo plástico não for destinado corretamente poderá resultar em mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050.

Para o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, este é um momento crucial para reverter a maré de poluição global. “Precisamos encontrar soluções melhores e mais rápidas do que nunca. Desistir não é uma opção para nós. Agora é a hora de agir juntos — independentemente da nossa idade — pelo bem do nosso planeta”, alertou.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope, no qual 1,8 mil pessoas foram ouvidas por telefone, entre 25 e 30 de maio, e foi encomendado pela cervejaria Ambev, destacamos:

  • Quase um terço (28%) não sabe identificar por cores as lixeiras de coleta seletiva, mas 88% concordam que a forma correta de descartar o lixo é separando os materiais;
  • Quatro em cada dez brasileiros (39%) dizem não separar o lixo orgânico do reciclável e 76% não fazem a separação por tipo de material;
  • 56% afirmam que existe coleta seletiva em sua cidade, porém 50% dizem não utilizar nenhum serviço desse tipo;
  • 59% dos pesquisados dizem saber pouco ou nada sobre reciclagem e 65% afirmam o mesmo sobre a coleta seletiva;
  • 26% concordam total ou parcialmente que o lixo não é mais um problema seu depois que ele é jogado fora.

Mas se a população não tem informação do correto destino do lixo, não conseguem visualizar a importância, como mudar essa situação? As populações carentes na maioria das vezes não têm acesso a um descarte correto do lixo. Já presenciei situações, em populações carentes, em que todo o lixo é depositado corretamente na lixeira das casas, porém o caminhão de coleta não passa para recolher. E, a única solução, errada, que as pessoas conseguem fazer para se desfazer do lixo é queimá-lo. Porém muitos componentes desse lixo não somem na queima e permanecem no ambiente.

Outro lugar de grande acumulo de lixo são as praias. Por exemplo, as praias da região dos lagos no Rio de Janeiro, famosas por suas ondas e de coloração azul turquesa, aglomeram quantidades enormes de lixo plástico entre outros. Alguns municípios possuem limpeza de praia, porém outros não, e o lixo vai se acumulando e indo para o mar. Mas será que no mar ele pode causar algum problema? Recentemente presenciei uma história de um albatroz que foi anilhado dia 15 de março de 2018 em Gough Island no Atlântico Sul, ele percorreu 3577 km até ser encontrado morto no município de Armação dos Búzios, RJ. Mas o mais surpreendente é que o animal tinha uma sola de sapato no seu estomago (https://www.acap.aq/en/news/latest-news/3018-test-2 ), causador da sua morte!

Ou seja, o problema não se estende somente para uma área, mas sim para o mundo todo. Devemos investir naqueles com pouca informação, mas também em políticas públicas mais efetivas e com resultados eficientes. Vamos aos números:

  • Metade do plástico consumido pelos humanos é descartável (e evitável) e pelo menos 13 milhões de toneladas vão parar nos oceanos anualmente, prejudicando 600 espécies marinhas, das quais 15% estão ameaçadas de extinção;
  • A cada minuto, são compradas 1 milhão de garrafas plásticas e 90% da água engarrafada contém microplásticos.

Vamos começar fazendo a nossa parte dentro de casa, no ambiente de trabalho, na escola, nos lugares de diversão. Ensinar os demais a maneira correta de descartar o lixo. E, também muito importante, cobrar sua prefeitura de um descarte correto e incentivos a reciclagem de materiais.

Se cada um fizer a sua parte a natureza agradece!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *