Como não ficar apreensivo com a visão de uma nuvem de poeira vindo em sua direção? Nestes dias, algumas cidades do interior do estado de São Paulo, passaram por essa experiência nada agradável.

Mas o que foi que aconteceu?

O fenômeno, segundo especialistas, é o efeito da combinação de ventos intensos, tempo seco e calor, durante a primavera. Ele é muito comum em países da Ásia, conhecido como “haboob”. São temporais de chuva com ventos muito fortes que quando entram em contato com o solo seco, levantam tudo, e neste período, no Brasil, o solo está seco com resquícios de queimada, com muita poeira que pode ser levantada em até 10km de altura.

Durante a formação da tempestade, os ventos movem-se na direção oposta à sua rota e se movem em todas as direções para dentro da tempestade. Quando a tempestade entra em colapso e começa a chover, as direções do vento se invertem, soprando para fora da tempestade e geralmente soprando mais forte na direção de sua rota.

Quando essa corrente descendente de ar frio atinge o solo, ela levanta sedimentos secos e soltos (poeira), criando uma parede de sedimentos que precede a nuvem de tempestade. Essa parede de poeira pode ter até 100 km de largura e vários quilômetros de elevação. No seu estado mais forte, os ventos haboob costumam viajar a 35–100 km/h e podem se aproximar com pouco ou nenhum aviso.

Frequentemente, a chuva não chega a cair no solo, pois evapora no ar quente e seco (fenômeno conhecido como virga). A evaporação resfria ainda mais o ar que corre e o acelera. Ocasionalmente, quando a chuva persiste, pode conter uma quantidade considerável de poeira. Os casos graves são chamados de tempestades de lama.

Em marte, as tempestades de poeiras globais foram comparadas aos haboobs na Terra.

Vamos pensar no que estamos fazendo com o nosso Brasil, nosso verde está se tornando marrom…

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