Pororoca é a palavra de origem indígena e corresponde ao fenômeno natural do encontro dos rios com grande volume de água com o mar. Apesar das águas dos rios se encontrarem com as águas do mar o tempo todo, a pororoca acontece com mais intensidade em determinadas épocas do ano, isso porque durante o equinócio (momento exato que marca o início da primavera ou do outono) há um aumento da massa líquida dos oceanos, somando isso as marés mais altas na lua cheia e nova são formadas ondas de até 10 metros de largura e 5 metros de altura atingindo uma velocidade de até 35 km/h.

Na maré alta, que no norte do país o nível do mar pode se elevar até 7 metros, grandes ondas se formam no mar em direção aos rios. Geralmente onde o rio se encontra com a mar é um lugar mais estreito e raso, as ondas do mar que já estavam grandes crescem ainda mais quando chegam nesse local, a força do mar fica tão grande que chega a inverter a direção da correnteza do rio, em pororocas mais fortes o mar pode avançar até 50 quilômetros rio adentro. Essas ondas que acontecem no rio são chamadas de pororoca e esse fenômeno dura em média 1 hora e meia.

A pororoca só acontece em regiões com grande variação de marés e além do Brasil acontece em vários lugares do mundo, em cada lugar eles dão um nome diferente:

  • França: acontece na foz dos rios Gironda, Charante e Sena, o fenômeno é chamado de Mascaret.
  • Inglaterra: ocorre na foz dos rios Tamisa, Severu, Trent e Hughly, nesse país recebe o nome de Bore.
  • Bangladesh: foz do rio Megma, o fenômeno é chamado de Macaréu.
  • China: desenvolve na foz do rio Yangtzé conhecido pelos chineses de trovão e nomeado pelos ingleses de Cager.
  • Brasil: acontece na foz do rio Amazonas, no rio Araguari, Maiacaré, Guamá, Capim e rio Moju no litoral do Pará e do Amapá e na foz do rio Mearim no Maranhão.

 

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