Em meados do século 19 e por todo o século 20 o homem utilizou ensinamentos de diversos campos para manipular os processos naturais e assim incrementar a produção agrícola. Com isso ocorreram extraordinários ganhos de produtividade e redução dos preços. Porém os efeitos negativos também foram sentidos: degradação do solo, desperdício e poluição da água, perda de diversidade genética e poluição ambiental. Na década de 60 começaram os questionamentos sobre preservação dos recursos naturais, porém sem interferir na produtividade dos alimentos. Apesar da palavra agroecologia ter sido utilizada a primeira vez em 1928 pelo agrônomo russo Basil Bensin, só depois de 1970 que o valor da ecologia nos sistemas naturais começou a ser explorado.

Comunidade na agroecologiaA Agroecologia pode ser definida como uma vertente agronômica que engloba técnicas ecológicas de cultivo com sustentabilidade social. Pretende sistematizar a produção de forma que seja socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável. Essa agricultura sustentável pode ser feita de várias formas, dependendo do local, da comunidade envolvida e das espécies cultivadas, mas podemos apontar alguns princípios básicos:

– Usar espécies nativas ou adaptadas às condições locais de solo e clima

– Utilizar adubos orgânicos, produtos minerais pouco solúveis (fosfato de rocha, calcário, pó de rocha, etc.) e fazer um manejo fitossanitário que integre as práticas culturais, mecânicas e biológicas para o controle de pragas e doenças

– Assegurar manutenção da fertilidade do solo com práticas de proteção contra os ventos, controle da erosão, rotação de culturas entre outras

– Favorecer a auto-gestão da comunidade produtora respeitando sua cultura e estimulando sua dinâmica social.

 

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