Nos últimos 40 anos, os biólogos achavam que o número de pinguins-de-adelie (Pygoscelis adeliae) estava diminuindo. Até que, recentemente, mais de um milhão e meio de pinguins-de-adelie foram descobertos em um arquipélago no Oceano Antártico. Em uma pesquisa publicada nesse ano, cientistas do Instituto Oceanográfico da Woods Hole, em Massachusetts, nos Estados Unidos, anunciaram a descoberta dessa super colônia, anteriormente desconhecida, nas Ilhas do Perigo.

Até agora, sabia-se que as espécies habitavam uma das nove ilhas do arquipélago, mas pensava-se que as Ilhas do Perigo não eram um habitat importante para os pinguins. Essas super colônias passaram despercebidas durante décadas, em parte devido ao afastamento das ilhas e, em parte, devido ao difícil acesso.

No entanto, as imagens tiradas por um satélite da NASA em 2014 revelaram a presença de guano em outras ilhas, indicando que os pinguins eram muito mais numerosos. Depois disso o grupo de pesquisa iniciou um censo em dezembro de 2015 com a ajuda de drones e fotografias, utilizando um sistema de navegação e de imagem especial, o equipamento sobrevoou a ilha em grids, tirando uma fotografia por segundo. Reunidas, elas formaram um mapa preciso da colônia. Um software de inteligência artificial analisou a imagem para contar o número de ninhos. E os resultados surpreenderam.

Você já imaginou como era feito o censo de uma pinguineira antes? Será que eles contavam um por um?

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