As correntes marinhas, são cursos de água formados por componentes horizontais e verticais do sistema de circulação das águas oceânicas. São produzidas pela gravidade, pela fricção do vento e pela variação da densidade da água em diferentes partes do oceano. As correntes marinhas são semelhantes aos ventos na atmosfera, na medida em que transferem quantidades significativas de calor das áreas equatoriais da Terra para os pólos e, portanto, desempenham papéis importantes na determinação dos climas das regiões costeiras. Além disso, as correntes marinhas e a circulação atmosférica influenciam umas às outras. Essas correntes estão na superfície do oceano e em suas profundezas, fluindo local e globalmente.

Os ventos, a densidade da água e marés controlam todas as correntes oceânicas. As características costeiras e marítimas influenciam sua localização, direção e velocidade. A rotação da Terra resulta no Efeito Coriolis, que também influencia as correntes oceânicas. O Efeito Coriolis é semelhante a uma pessoa tentando andar em linha reta através de um carrossel giratório, na prática os ventos e as águas do oceano são desviados de um caminho de linha reta enquanto viajam pela Terra em rotação. Esse fenômeno faz com que as correntes oceânicas do hemisfério norte se desviem para a direita e, no hemisfério sul, para a esquerda.

  • Correntes de Superfície – Correntes marinhas superficiais de larga escala são impulsionadas por sistemas eólicos globais que são alimentados pela energia do sol. Essas correntes transferem o calor dos trópicos para as regiões polares, influenciando o clima local e global. A corrente quente do Golfo, originária do Caribe tropical, por exemplo, carrega cerca de 150 vezes mais água do que o rio Amazonas. A corrente se move ao longo da Costa Leste dos EUA através do Oceano Atlântico em direção à Europa. O calor da Corrente do Golfo mantém grande parte do norte da Europa significativamente mais quente que outros lugares igualmente ao norte.
  • Correntes marinhas profundas – Diferenças na densidade da água, resultantes da variabilidade da temperatura da água (thermo) e salinidade (haline), também causam correntes marinhas. Este processo é conhecido como circulação termohalina. Em regiões frias, como o Oceano Atlântico Norte, a água do oceano perde calor para a atmosfera e se torna fria e densa. Quando a água do oceano congela, formando gelo marinho, o sal é deixado para trás, fazendo com que a água do mar circundante fique mais salgada e mais densa. Águas densas e salgadas afundam no fundo do oceano. A água da superfície flui para substituir a água que se afunda, que por sua vez se torna fria e salgada o suficiente para afundar. Isso “inicia” a esteira transportadora global, um sistema conectado de correntes profundas e superficiais que circulam pelo globo em um período de mil anos. Esse conjunto global de correntes marinhas é uma parte crítica do sistema climático da Terra, bem como dos ciclos dos nutrientes dos oceanos e do dióxido de carbono.

As correntes marinhas são um importante fator abiótico que influencia significativamente as redes alimentares e a reprodução dos organismos marinhos e dos ecossistemas marinhos que habitam. Muitas espécies com mobilidade limitada dependem desse “vento líquido” para levar comida e nutrientes a elas e distribuir larvas e células reprodutivas. Mesmo os peixes e mamíferos que vivem no oceano podem ter seus destinos e suprimento de alimentos afetados pelas correntes.

Vejam como elas são:

Correntes de afloramento trazem águas frias e ricas em nutrientes do fundo oceânico para a superfície, apoiando muitas das mais importantes pescarias e ecossistemas do mundo. Estas correntes suportam o crescimento de fitoplâncton e algas que fornecem a base de energia para os consumidores mais elevados na cadeia alimentar, incluindo peixes, mamíferos marinhos e seres humanos.

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