Hoje vamos falar sobre um tema muito comentado nas mídias sociais ultimamente, o desperdício de água. Existe muito desperdício que não vemos, como por exemplo a água tratada! Infelizmente, em torno de 30% daquilo que sai da empresa de tratamento de água e vai para a sua casa é perdido no caminho.

Por definição, as perdas de água estão divididas em dois tipos: as físicas (reais) e as comerciais (aparentes).
As perdas de água físicas consideram os vazamentos em todas as etapas do processo de tratamento e os volumes utilizados para a limpeza das próprias estações de tratamento. Esse tipo de perda relaciona-se diretamente com a eficiência operacional da companhia e o estado das tubulações.

As perdas de água comerciais levam em conta as ligações clandestinas ou irregulares, ligações sem hidrômetros ou com hidrômetros com defeitos, erros de leitura e erros cadastrais. Essa perda está ligada aos procedimentos da companhia, manutenções preventivas, adequação dos hidrômetros e monitoramento do sistema. É importante destacar que as perdas comerciais impactam consideravelmente o faturamento das empresas de saneamento. No Brasil, o desperdício, neste sentido, pode chegar a 37% em alguns lugares.

O maior desperdício de água não está nas mãos somente dos consumidores, está também, na distribuição da água. Um novo estudo feito pela IBNET (International Benchmarking Network for Water and Sanitation Utilities) em 43 países colocou o Brasil em 20° entre os quais existem mais perdas. Segundo a pesquisa, o país perde para países europeus como Albânia, Bulgária e Noruega, assim como Paquistão, Uruguai e Fiji.

A média de consumo diário que a ONU recomenda é 110 litros por habitante/dia. Estudos apontam que essa quantidade é suficiente para suprir as necessidades básicas de uma pessoa. Porém não é isso que acontece, segundo dados do Instituto Trata Brasil o consumo médio brasileiro é de 166,3 litros por habitante/dia, o que representa 51% acima do recomendado.

Você conhece quais são os gastos de um tratamento de água? Vamos lá:

  1. Gasto com equipamentos, pois na estação de tratamento de água (conhecida como ETA) são necessárias bombas e outros sistemas que utilizam energia para se movimentarem e deixarem a água dentro dos padrões da legislação;
  2. Tratamentos físicos e químicos, o que inclui o uso de floculantes e coagulantes, além de materiais suportes que custam valores consideráveis, principalmente em ETAs maiores;
  3. Recursos humanos, pois quanto mais água, maior a responsabilidade, maior o número de envolvidos para deixar o sistema organizado e com isso mais gastos;
  4. Sistema de transporte, que na maioria das vezes é o principal responsável pelo desperdício. Válvulas antigas, encanamentos rompidos, furos e vazamentos. Por isso a manutenção deve ser periódica.

O que podemos fazer para ajudar?

Vivemos num cotidiano em que muita coisa envolve água. Então vamos lá:

  1. Reduza seu consumo. Diminua a quantidade de água ao lavar a louça e até mesmo o carro. Você verá que precisa de muito menos do que imagina. Máquinas de lavar louça e roupa utilizam uma quantidade menor de água e ajuda bastante nos afazeres domésticos.
  2. Já pensou em reutilizar a água da chuva? Reaproveite a água da chuva para lavar o quintal e aguar as plantas. Que tal fazer a captação das águas para ajudar na diminuição do desperdício? Nesse link falamos mais sobre isso: https://www.iguiecologia.com/reuso-da-agua-uma-maneira-de-economizar-e-ajudar-o-meio-ambiente/.
  3. Viu um vazamento? Comunique URGENTE à distribuidora do seu município. Já vimos como existe desperdício por este motivo!
  4. Diminuir o tempo do banho, lavar a louça e escovar os dentes sempre com a torneira desligada são ótimas maneiras de evitar o desperdício!

Em tempos de escassez, é fundamental a discussão de planos alternativos, e principalmente eficazes, de redução do consumo e desperdício da água!! Vamos juntos em direção a essas discussões?

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