A iGUi também incentiva programas científicos, como o: “Projeto de Desenvolvimento de metodologia para cálculo comparativo das emissões de gases do efeito estufa (GEE) entre os processos de construção de piscinas em fibra de vidro (P.R.F.V.) e piscinas de concreto.” Esse projeto sob coordenação do Prof Dr. Jorge Alberto Villwock (Instituto do Meio Ambiente), Prof. João Marcelo Ketzer (Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono – CEPAC) e Eduardo Bandeira Maia (CEPAC) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, foi realizado em 2007.

Sabe-se hoje que os gases de efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO2), são os principais responsáveis pela retenção do calor e manutenção da temperatura da superfície da terra. As emissões de GEE gerados pelo homem resultam no aquecimento “anormal” da atmosfera, causando no planeta as mudanças no clima global.
Por meio de relatórios, o IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), vem alertando ao mundo as causas e consequências das atividades humanas sobre o clima do planeta.

Há, atualmente, a correta compreensão da relação causa-efeito envolvida no aquecimento global, e, assim, ações de mitigação estão sendo cada vez mais disseminadas e implementadas, seja pela esfera pública (governos, estados e até municípios), empresarial e civil, no intuito de reduzir seu impacto no aumento da concentração de GEE na atmosfera.
As empresas estão buscando reduzir suas emissões a partir de mudanças em suas atividades, seja diretamente, através do conhecimento das fontes, por um inventario de emissões, e assim criar um portfólio de ações mitigadoras (que compreendem a adoção de processos e materiais mais eficientes e menos emissores), quanto indiretamente, ao fomentar a redução das emissões de outras esferas ou pela compensação de emissões a partir de práticas comuns de sequestro de carbono (ex. plantio de árvores).

Este projeto tem como objetivo principal a aplicação da metodologia para cálculo da quantidade de CO2 emitidos nos processos de fabricação e construção de uma piscina de 4 metros por 8 metros em plástico reforçado com fibra de vidro (P.R.F.V.), da empresa iGUi, e comparar com as emissões de GEE do método tradicional de construção de piscinas, em concreto.

As ferramentas de cálculo de emissões utilizadas pelo GHG Protocol são compatíveis com os padrões do ISO 14064, (Organização Internacional para a Padronização), e seguem os propósitos criados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU).

A análise final dos resultados mostra uma grande diferença entre as emissões de GEE relacionadas ao processo de construção da piscina de P.R.F.V. e da piscina em concreto armado.  De acordo com este estudo, a piscina em P.R.F.V. emite durante o seu processo de construção, cerca 223 kg de CO2; já a piscina construída em concreto armado emite em seu processo de construção, cerca de 7.290,2 kg de CO2. Ou seja, a piscina em concreto emite cerca de 32 vezes mais CO2 que a piscina de P.R.F.V. em seu processo construtivo.


Tabela 01 – Total de emissão de dióxido de carbono (CO2) em PRFV.


Tabela 02 – Total de dióxido de carbono (CO2) emitido na construção de uma piscina de concreto.

 


Figura 01. Taxa de emissão de dióxido de carbono (CO2) na construção de dois tipos de piscina.

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