Em nossa expedição no Amazonas fomos conhecer o Museu da Amazonia, o MUSA! Simplesmente fantástico, com muitas informações para compartilhar com os visitantes. Seus objetivos são a popularização do conhecimento científico, e a valorização do conhecimento tradicional.

Ele é diferente de todos os museus pois é um museu vivo! Somos estimulados a examinar a natureza, a observar cada detalhe.

O primeiro lugar que fomos dentro do museu foi a Torre de Observação. Nessa torre é possível observar uma reserva de floresta primária (intocada ou aquela em que a ação humana não provocou significativas alterações das suas características originais de estrutura e de espécies), a Reserva Ducke, que se estende por 100 km2 na periferia de Manaus.

A torre de aço conta com 42 metros de altura, 242 degraus e 81 m2 de base. Ela possui 3 plataformas localizadas a 14, 28 e 42 m de altura, no qual é possível a visualização da floresta nos diferentes níveis! É possível sentir até diferença de temperatura entre as plataformas e no silencio conseguimos ouvir os sons da natureza!

Na primeira plataforma, de 14 metros, é possível observar o solo arenoso, no qual é pobre em nutrientes! Mas como a floresta consegue viver com esse solo? O segredo é a densa camada de folhas sobre o chão. Esta camada funciona como uma fábrica de adubo, que é absorvido pelas raízes das plantas conforme os organismos decompositores digerem as folhas e galhos mortos. Deste modo, não se deve fazer a remoção dessas folhas, pois somente com o solo arenoso a floresta não consegue se desenvolver.

Na segunda plataforma, podemos verificar os caules das arvores assim como as folhas, nos seus diferentes formatos e cores!

Como sabemos as plantas necessitam da luz solar para sobreviver e no meio na floresta encontramos muito pouca luz! Neste caso, é possível observar que quanto mais escura é a folha, mais pigmento capaz de absorver luz e fazer fotossíntese ela tem. Folhas largas e ramos horizontais também ajudam a absorver mais luz. Na torre, aprendemos que as plantas jovens permanecem muitos anos na sombra, no interior da floresta, esperando que caiam árvores para poderem crescer e ocupar seu lugar ao sol.

Na terceira plataforma, com 42 cm de altura, é possível ver a floresta de cima e sentir o calor do sol! A energia é muito intensa, somos capazes de olhar as 1.180 espécies de árvores, 139 espécies de arbustos, 219 espécies de ervas terrestres, 306 espécies de lianas (planta de caule flexível; cipó), 168 espécies de epífitas (plantas que crescem sobre outras, sem, porém, se alimentarem da substância destas) e 80 espécies de hemiepífitas (também vivem sobre outras plantas vivas, mas sempre mantendo conexão com o solo por meio de raízes) que foram catalogadas pela equipe do Museu na reserva.

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