Desde 2009, após um relatório da ONU afirmar que as redes e equipamentos de pesca abandonados ou perdidos estão ameaçando a população de peixes e outros animais marinhos. Este relatório produzido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) afirma esses equipamentos, naquela época, constituía cerca de 10% dos resíduos marinhos, quase 640 mil toneladas. 

Mais de 10 anos se passaram e a problemática continua sendo atual e preocupante. A ONU divulgou em 2019 um outro relatório, no qual divulga que 10% do lixo plástico marinho dos oceanos é proveniente de equipamento de pesca perdido/abandonado nos mares. Ou seja, 580 quilos desses materiais perdido ou descartado no mar todos os dias.

Quando dizemos pesca fantasma queremos dizer que a rede está exercendo a sua função de capturar os animais, mas esses animais não são retirados, pois a rede não tem dono (a) e permanecem nela até a sua morte.

Segundo pesquisas, no Brasil cerca de 69 mil animais marinhos são afetados por dia. Não somente ficando presos, mas também ingerindo esses materiais. Alguns animais, como as tartarugas marinhas, algumas vezes conseguem expelir pelas fezes, mas outros como as aves não e acabam morrendo.

Essa semana tivemos registros realizados pelo pescador Rogério Coimbra e sua equipe mostrando o resgate de uma tartaruga-cabeçuda e um lobo-marinho emalhados em uma rede fantasma em alto mar na costa do Rio Grande do Sul.

A tartaruga-marinha é devolvida ao mar imediatamente após a liberação da rede e o lobo marinho permaneceu no barco descansando por 3 dias, no qual foi alimentado e cuidado pelos pescadores! Depois do descanso merecido, o lobo juntou-se com um grupo de lobos avistados perto da embarcação.

São pescadores como Rogério e sua equipe que devemos homenagear todos os dias! Desejamos que todos os pescadores possam fazer o que essa equipe fez! Importantíssimo a conscientização ambiental a todos que trabalham na área pesqueira junto a fauna marinha.

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