Para a adoção bem-sucedida de tecnologias de economia de água subterrânea, uma das condições críticas é a reforma das políticas de irrigação e fornecimento de energia elétrica para a agricultura. Em um estudo realizado na Índia, os autores indicam que quase metade dos agricultores instalou mais de um poço operado por energia elétrica, pois ela é subsidiada (paga pelo governo) ou gratuita na agricultura. Porém a crescente escassez de água necessita que essa política de energia elétrica para a agricultura seja repensada em termos de retirada de subsídios e tarifação volumétrica da energia elétrica.

Deste modo, a economia resultante poderia ser usada para a promoção de tecnologias e práticas de conservação de água, como niveladores e tensiômetros a laser, e o desenvolvimento de instituições para a gestão eficiente dos recursos hídricos subterrâneos.

O tensiômetro indica a umidade, em tempo real, do solo facilitando o monitoramento e permitindo a realização da irrigação no momento e na quantidade certa.

O estudo avaliou o impacto do tensiômetro no consumo de água subterrânea e energia elétrica no cultivo de arroz na Índia, Punjab, e seus benefícios econômicos. Foi descoberto que, em comparação com o método de inundação contínua, a aplicação de irrigação baseada em tensiômetro reduz o consumo de água e energia em 3%, cortando os custos variáveis em 7%, sem qualquer penalidade de rendimento. Se 30% da área adicional for irrigada seguindo cronogramas baseados em tensiômetro, o estado poderia economizar um total de 0,67 milhões de hectares de água e 1516 milhões de kWh de energia elétrica em 2010-2025, com benefícios econômicos agregados de US $ 459 milhões.

Porém foi diagnosticado a baixa taxa de adoção dessa técnica pelos agricultores mais velhos, indicando a necessidade de conscientização sobre as consequências do esgotamento das águas subterrâneas e as intervenções que poderiam conter essa tendência. Os resultados indicam que o direcionamento inicial de agricultores mais jovens e mais educados (ou seja, maior nível educacional) teria um efeito de demonstração nos demais agricultores na adoção dessas tecnologias e nas práticas de conservação de água. Esses resultados são esperados, uma vez que agricultores mais jovens são menos “avessos” ao risco na adoção de novas tecnologias e práticas de conservação de água.

O efeito marginal da educação é o maior, sugerindo que uma melhoria de 10% no nível de educação dos agricultores aumenta a probabilidade de continuar com o uso de tensiômetros em 0,6%.

O principal benefício do uso de tensiômetro para programação de irrigação é a economia de água de irrigação e energia elétrica e, portanto, economia de dinheiro gasto pelo estado para fornecer eletricidade gratuita ou subsidiada.

Com educação e pesquisa podemos ajudar o meio ambiente!

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