Os primatas não são os únicos que conseguem fazer cálculos, segundo pesquisadores algumas aves também conseguem, como por exemplo o papagaio-da-Nova-Zelândia, da espécie Nestor notabilis, que são animais considerados vulneráveis em seu status de conservação. Medem 48 cm de comprimento, alimentando-se de brotos, folhas, néctar das flores, insetos e larvas e carcaça de animais mortos. Uma curiosidade, ele é o único papagaio do mundo que pode viver na neve, quando o inverno não é muito rigoroso. Eles são tão curiosos sobre o ambiente, que exploram qualquer item novo que se aproxime, sendo conhecidos por retirar peças de carros em estacionamentos e desmontar tendas em acampamentos.

Mas também eles estão fazendo parte de uma pesquisa inovadora. Eles conseguem fazer cálculos! Foi o que descobriu a estudante brasileira de doutorado Amália Bastos, da Escola de Psicologia, Universidade de Auckland. O estudo mostra que essa ave pode integrar o conhecimento em diferentes domínios cognitivos (aquisição do conhecimento e se dá através de alguns processos, como a percepção, a atenção, associação, memória, raciocínio) para ajustar de forma flexível suas previsões de eventos de amostragem. No qual aspectos do pensamento geral do domínio podem evoluir de forma convergente nos cérebros com uma estrutura altamente diferente dos primatas. Isso tem implicações importantes não apenas para nossa compreensão de como a inteligência evolui, mas também para pesquisas focadas em como criar processos artificiais de pensamento geral.

Mas vamos ver como foi esse experimento nesse vídeo abaixo com a própria autora do estudo:

O trabalho na integra pode ser acessado aqui: Kea show three signatures of domain-general statistical inference

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