Fraude de pescados é a prática de enganar os consumidores sobre os frutos do mar a serem vendidos, com um único objetivo: aumentar os lucros. Além de roubar os compradores, essas ações podem ter impactos negativos nos esforços de conservação marinha e na saúde humana. A fraude pode acontecer em cada etapa da cadeia do pescado – no restaurante, no distribuidor, ou na fase de processamento ou embalagem.

O pescado é a mercadoria alimentar mais negociada no mundo, mas infelizmente, a globalização e a complexidade do comércio do pescado criam oportunidades para a fraude. Pelo fato do pescado ser um produto de alto valor, é um alvo particularmente atraente para a fraude. O Parlamento Europeu considera o pescado em 2° lugar na lista dos 10 alimentos com maior risco de fraude.

Com o grande número de espécies de peixes e frutos do mar de interesse comercial, não é difícil apresentar aos consumidores, de forma fraudulenta, uma espécie como sendo fresca resfriada (gelo), mas na verdade que já tenha sido submetida ao congelamento e posterior descongelamento (Fraude do pescado descongelado sendo comercializado como fresco/resfriado); ou uma espécie de baixo valor comercial, como sendo uma de maior valor (Fraude por troca de espécies), e assim obter um preço mais elevado; às vezes, outras qualidades de pescado são mal rotuladas, além do nome da espécie, como o país de origem, a fim de evitar regulamentos e taxas ou mesmo roubar peixe capturado ilegalmente na cadeia de abastecimento (Fraude por erro na etiquetagem/rotulagem); vários tipos de apresentação do pescado podem ser feitas, como por exemplo, a absorção de grandes quantidades de água, onde os consumidores pagarão a água com base no peso do pescado (Fraude econômica por glaciamento não compensado; Fraude por adição de fosfato); também podemos encontrar ovas de peixe sendo comercializadas como caviar (Fraude Ovas de peixe ou caviar); ou uma espécie naturalmente com a tonalidade da musculatura na cor natural, tendo intencionalmente corada mais forte para ser comercializada como espécie selvagem (Fraude por Adição de corantes na alimentação de peixes); e por último, mas não o menos importante, a Fraude por adição de amido em produtos a base de surimi (é um termo japonês para carne de pescado desossada, triturada e lavada, a qual é utilizada como matéria-prima para produção de uma série de imitações de frutos do mar).

Para prevenir as fraudes os consumidores devem se informar mais a respeito desse tema e a rastreabilidade do pescado é muito útil pois assim o consumidor tem todas as informações sobre o que ele está comendo, como e onde o peixe foi capturado e tratado. Veja a nossa matéria sobre rastreamento dos pescados (https://www.iguiecologia.com/pescados-com-codigo-para-rastreamento-uma-otima-novidade-para-o-meio-ambiente/ )

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