De acordo com o relatório do Word Resources Institute (WRI) é bom entender o estado da oferta e demanda de água no mundo, mas o estresse hídrico não leva necessariamente à crise hídrica. Por exemplo, lugares como Cingapura e a cidade americana de Las Vegas provam que as sociedades podem prosperar mesmo sob condições de escassez de água, empregando técnicas como remoção de grama sedenta de água, dessalinização e tratamento e reutilização de águas residuais.

O relatório WRI mostra que resolver os desafios globais da água é mais barato do que você imagina, custando ao mundo cerca de 1% do PIB, ou 29 centavos por pessoa, por dia de 2015 a 2030. O que falta é vontade política e apoio financeiro para tornar essas soluções econômicas uma realidade.

Vamos mostras algumas dicas:

  • Os países podem melhorar sua governança hídrica, incentivar a eficiência hídrica na agricultura, adotar a gestão integrada dos recursos hídricos e aprimorar a infraestrutura hídrica por meio de soluções baseadas na natureza e infraestrutura verde. Proteger e restaurar zonas úmidas, manguezais e florestas pode não apenas melhorar a qualidade da água e criar resiliência contra secas e inundações, mas também economizar dinheiro nos custos de tratamento de água. (Nem preciso dizer que todos já sabiam disso…. mas não o fazem!);
  • Os bancos internacionais de desenvolvimento e outros credores devem considerar programas estratégicos de alívio da dívida, como trocas de dívida por natureza, ou alívio da dívida em troca de um compromisso de investir em biodiversidade ou infraestrutura resiliente, como restauração de manguezais ou conservação de áreas úmidas. Essas soluções baseadas na natureza podem alcançar resultados climáticos e hídricos positivos em países incapazes de arcar com uma melhor gestão hídrica por conta própria. (Prática ainda tímida no Brasil);
  • Os formuladores de políticas em países com escassez de água devem priorizar fontes de energia que economizam água, como solar e eólica, para evitar interrupções de energia causadas pela escassez de água. (Nem preciso dizer novamente que todos já sabiam disso…. mas não o fazem!)
  • As cidades devem desenvolver planos de ação de resiliência hídrica urbana, aprendendo com o grupo de seis cidades africanas que já estão testando essas abordagens. Tratar e reutilizar águas residuais também pode criar novas fontes de água para as cidades. (Nem preciso dizer novamente que todos já sabiam disso…. mas não o fazem!)
  • Os agricultores devem usar medidas de água mais eficientes, como mudar para culturas com eficiência de água ou usar métodos como irrigação por aspersão ou gotejamento versus campos inundados. (Nem preciso dizer novamente que todos já sabiam disso…. mas não o fazem!)
  • As empresas devem definir metas de água com base científica, que estejam alinhadas com o que a ciência diz ser “suficiente” para permanecer dentro dos limites da Terra e atender às necessidades da sociedade, aprendendo com um número crescente de empresas que já definiram essas metas. (Nem preciso dizer novamente que todos já sabiam disso…. mas não o fazem!)

Solução tem, todos sabem quais são, mas o principal problema é tirar as ideias do papel e botar em prática! Mãos a obra….

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