Esse mês teve trabalho brasileiro na capa da maior revista científica, a Nature. O estudo foi liderado pelo paleontólogo Rodrigo Temp Müller do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia da Universidade Federal de Santa Maria (CAPPA/UFSM) no Rio Grande do Sul.

A nova espécie foi descoberta em São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul e recebeu o nome de Venetoraptor gassenae. O réptil apresentava um bico raptorial, com finalidade de rasgar a carne ou o consumo de forma de foice. As mãos proporcionalmente grandes eram munidas de garras longas e afiadas no qual podem ter o ajudado a escalar árvores. Pesando entre 4 a 8 quilogramas, o animal locomovia-se adotando uma postura bípede, tendo as mãos livres para manusear presas ou escalar árvores.

Com aproximadamente 1 metro de comprimento, viveu por volta de 230 milhões de anos atrás e pertence a um grupo extinto chamado de Lagerpetidae. Esses animais são considerados os parentes mais próximos dos pterossauros, os répteis voadores que dividiram a Terra com os dinossauros. Porém, diferente dos pterossauros, o Venetoraptor gassenae e os outros lagerpetídeos não foram capazes de voar.

Participaram do estudo pesquisadores da UFSM, UFRJ, Museo Argentino de Ciencias Naturales “Bernardino Rivadavia” e Virginia Tech. O estudo recebeu financiamento do CNPq FAPERGS, CAPES, FAPERJ, Agencia Nacional de Promoción Científica y Técnica e Paleontological Society.

Créditos das imagens: ilustração de Venetoraptor gassenae em vida por Caio Fantini; fotografias por Janaína Brand Dillmann.

Acesse o trabalho no link: https://www.nature.com/articles/s41586-023-06359-z

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