A África está enfrentando literalmente nuvens de gafanhotos! De acordo com pesquisas realizadas, esse é o pior surto dos últimos 70 anos, que atinge as áreas rurais do Quênia, Somália e Etiópia. A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU emitiu um alerta dizendo que essas nuvens ameaçam a segurança alimentar de toda a região. Mesmo com o controle iniciado pelas autoridades, será necessário um apoio financeiro internacional. Lembrando que os insetos podem se espalhar para outros países, como Sudão do Sul e o Uganda, com facilidade pois voam 150 quilômetros por dia!

Mas, não é somente nesse ano que ocorreram essas nuvens de gafanhotos. Metamorfose incompleta do gafanhoto Em 2019 o Iêmen também foi atingido e em 2016, a nossa vizinha Argentina, também recebeu nuvens de insetos. Mas, segundo pesquisadores, nos últimos meses, as condições climáticas foram ideais para a reprodução destes animais na África. O gafanhoto, costuma “se esconder no inverno” e aparecer para se alimentar nas outras estações, como a primavera. Em média, após 30 dias, há a eclosão e surgem as formas jovens, que sofrem ecdises e transformam-se em adultos. O ciclo evolutivo dura cerca de 100 dias.

gafanhotos no Quenia foto DAI Kurokawa_EFEMas o quanto é prejudicial? Segundo a FAO, mesmo um pequeno enxame de insetos pode consumir comida suficiente para 35 mil pessoas em um único dia. No Quênia uma área de 70 mil hectares já está infestada. Esses insetos podem ingerir o equivalente ao próprio peso de plantas!

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