A convivência com os insetos tem destaque desde os tempos mais remotos da civilização humana, como por exemplo na cultura do Antigo Egito. Para eles o escaravelho-sagrado, um besouro, era para os egípcios a representação do deus Khepri, sendo representado em joias, estatuas e escritas hieroglíficas.

Aqui no Brasil, existem tribos indígenas que utilizam os insetos em seus rituais de passagem. A tribo dos Maués confecciona uma luva de palha trançada com formigas vivas, que possuem a picada mais dolorosa conhecida pelo homem. No ritual dessa tribo cada índio tem que usar essa luva por um tempo demonstrando ser capaz de aguentar as picadas e ser apto a entrar para a vida adulta.

Já a utilização dos insetos na culinária é uma atividade milenar praticada até hoje em muitos países. Os insetos são ricos em proteínas, sendo que até a própria ONU sugeriu que os utilizassem no combate a fome mundial, pois apresentam baixo custo, proliferam em grandes quantidades, e apresentam concentrações de vitaminas e sais minerais elevadas, como por exemplo, o besouro que possui uma concentração de ferro maior do que a carne bovina. No Brasil as saúvas são encontradas na culinária na região Norte, herança indígena. Mas como isso não está na cultura de muitos países, geralmente é visto como um tabu! Segundo alguns estudos, a criação desses animais causaria um impacto ao meio ambiente muito menor do que a pecuária, utilizando um espaço bem mais reduzido e contribuindo para diminuir a emissão de CO2.

O bicho-da-seda (Bombyx mori) teve um papel histórico… foi para o espaço! Eles fazem parte de um experimento chinês, para verificar o a manutenção de vegetais e insetos na superfície lunar. Segundo o jornal The Telegraphy, os insetos, plantas, sementes de batata, foram alocados em uma lata de 18 cm de altura, semelhante a um balde, feita de materiais especiais de liga de alumínio, juntamente com água, uma solução nutritiva e um pequeno sistema de câmera e transmissão de dados. Para a obtenção de energia solar um tubo pequeno direciona a luz para a lata para ajudar as plantas e as sementes de batata a crescer. A próxima etapa do sistema mini-econômico será verificar a emissão de oxigênio, que fornecerá ambiente propício para o nascimento dos bichos-da-seda. Em contrapartida os insetos produzirão dióxido de carbono e resíduos que permitirão o crescimento das plantas. O professor Liu Hanlong, diretor-chefe do experimento e vice-presidente da Universidade de Chongqing argumenta que “nosso experimento pode ajudar a acumular conhecimento para a construção de uma base lunar e residência de longo prazo na Lua”.

Outro aspecto importante é a contribuição dos insetos para a nossa tecnologia! Nós “copiamos” o que eles possuem ou fazem, pois teoricamente já foi aprimorado pela natureza por milhões de anos. Deste modo, podemos citar o sistema de ar condicionado, que foi verificado mais precisamente nos cupins no Zimbábue, pois constroem seus cupinzeiros com entradas e saídas de ar fazendo com que a temperatura interna seja mantida independentemente da temperatura externa.

Para finalizar, as aranhas possuem teias que são consideradas mais fortes do que o aço, podendo ser esticadas até 4 vezes o seu comprimento sem romper. Nos Estados Unidos, uniformes militar estão sendo produzidos com teia de aranha para testar se o material pode ser utilizado contra armas de fogo.

Ainda temos muito que aprender!!!

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