Segundo a revista Fapesp, as notícias não são boas…

A área dos recifes no arquipélago de Abrolhos, no litoral da Bahia, encolheu 28%, em média, nos últimos 160 anos, em consequência da extração de corais para a produção de calcário e da crescente sedimentação costeira.

Os recifes de Guaratibas, a cerca de 7 quilômetros da costa, apresentaram as perdas mais altas (49%), verificou um grupo de pesquisadores coordenado pela bióloga Mariana Bender, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), após analisar cartas náuticas, relatos de naturalistas, mapas modernos e imagens de sensoriamento remoto (Perspectives in Ecology and Conservation, 29 de junho).

O mapa mais antigo da região identificado nesse estudo, elaborado em 1861 pelo almirante francês Ernest Mouchez (1821-1892) e guardado na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, serviu de base para as comparações com os registros atuais. Ele traz observações sobre bancos de areia, corais e leitos de algas marinhas.

Os documentos históricos também indicaram que no século XVII o território da então vila (hoje município) de Caravelas, no sul da Bahia, estendia-se até o estado do Espírito Santo. A maioria dos 2 mil moradores era de pescadores de baleias. Hoje com 22 mil habitantes, Caravelas é um ponto de embarque para Abrolhos. Formado por cinco ilhas, das quais duas abertas à visitação com agendamento prévio, o arquipélago foi reconhecido em 1983 como o primeiro parque nacional marinho do Brasil.

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