Nossa expedição para a Amazônia, não foi somente conhecer de perto esse bioma fantástico, mas também ajudar um animal ameaçado de extinção: o peixe-boi da Amazônia! Vamos trazer algumas importantes informações a respeito desse animal peso pesado!

O peixe-boi pertence a Ordem Sirenia, que tem esse nome por causa da lenda das sereias. Dizem que quando o italiano explorador e navegador Cristóvão Colombo registrou, em um diário de bordo, em meados de 1493, observações de “formas femininas não tão belas quanto representadas”, na região da América do Norte, ele estava se referindo aos peixes-boi e não as sereias. E, por causa de tanta confusão entre esses animais e as sereias, em 1811 o entomólogo (biólogo que estuda insetos) e zoólogo (biólogo que estuda os animais) Johann Karl Wilhelm Illiger, nomeou a Ordem como Sirenia (do Latim sirena = sereia).

Existem apenas quatro espécies pertencentes à duas Famílias, Trichechidae e Dugongidae. A primeira inclui o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), o peixe-boi-africano (Trichechus senegalensis) e o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis). A Família Dugongidae possui uma espécie: os dugongos (Dugong dugon)

Segundo a associação amigos do peixe-boi, o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), é a menor espécie que ocorre no mundo, podendo chegar até 3 metros de comprimento e pesar 450Kg. Ao contrário das outras espécies, este não apresenta unhas nas nadadeiras peitorais, não possui nadadeira dorsal e a nadadeira caudal é grande arredonda e achatada dorso-ventralmente, porém muito forte!

Essa espécie só ocorre nos rios da Bacia Amazônica, desde Peru, Colômbia, Equador até a foz do Rio Amazonas no Brasil. Ou seja, é endêmica dessa região, deste bioma!

O peixe-boi da Amazonia é herbívoro, consome cerca de 8% de seu peso vivo em plantas aquáticas, contribuindo para a manutenção do bioma, como por exemplo a entrada de luz solar nos rios.

A gestação é de 12 meses, gerando um filhote, que possui um período mínimo de lactação de dois anos. A maturidade sexual é atingida quando o filhote atinge aproximadamente 2 metros de comprimento. A taxa reprodutiva dessa espécie é baixa, com o intervalo de nascimento de mais de 3 anos, situação que preocupa cientistas pois, como é uma espécie ameaçada, a recuperação populacional é lenta.

Uma curiosidade sobre esses animais: a vida toda eles trocam os dentes. Eles se movimentam, na velocidade de 1 milímetro por mês, como uma esteira de trás para a frente.  Você já viu essa sereia? Ou melhor esse sirenio??

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