Infelizmente, grande parte do lixo que existe do mar vem do interior. Os resultados dessa pesquisa foram apresentados no congresso Diálogos da Cultura do Mar, realizado em Santos (SP) neste mês. Foram apresentados resultados preliminares de um diagnóstico sobre o percurso de resíduos plásticos e eles indicaram que as fontes desse material que chegam ao mar não são provenientes apenas da região costeira, mas também do interior, incluindo as bacias hidrográficas do rio Amazonas, na região Norte, e do rio da Prata, formado pelos rios Paraná e Uruguai, cujas águas banham a costa brasileira no sul do país. Essas fontes recém-caracterizadas somam-se a outras do litoral, como a lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e a baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

Segundo a revista Fapesp, o relatório final da Blue Keepers, projeto da Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, mostrará que essa problemática não está somente ligada a região costeira mas também do interior e isso deve ser divulgado para que possamos nos educar a descartar nosso lixo no local correto, pois de acordo com esse estudo, cada brasileiro descarta de maneira incorreta em média 16 quilogramas de materiais plásticos por ano, dos quais boa parte apresenta alto risco de chegar ao mar.

Por ano, de acordo com o estudo da Blue Keepers, chegam ao mar 3.445.190 toneladas de materiais plásticos descartados pelos brasileiros, o equivalente a 47,8% dos 7,1 milhões de toneladas de plástico processado em 2021, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).

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